sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Geomata - Por Rogério Lafayette

O primeiro texto de nosso Blog foi escrito por Rogério Lafayette, ex-aluno da UFRJ e um dos pioneiros da Geomata. Ele conta de forma brilhante como e por que a Geomata surgiu, e em quais condições ela se encontrava.

Aqui ficam meus sinceros agradecimentos ao Rogério Lafayette por ter escrito o texto, ao Professor de Biogeografia Evaristo de Castro Júnior, e a todos os pioneiros da Geomata pois se não fosse por eles, hoje eu, um ex-calouro (iniciei minha graduação em Geografia em 2009/1), posso dar continuidade ao trabalho deles, nosso trabalho, e ver uma UFRJ... melhor.

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"Geomata é o nome com que foi batizado o espaço atrás do prédio do CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, UFRJ / Ilha do Fundão - onde foram plantadas diversas espécies de árvores no início deste semestre. Completando agora quatro meses de vida, a Geomata apesar disso é pouco conhecida pelos alunos e por isso buscamos através deste texto contar a história da sua criação.

A idéia surgiu a partir do incentivo do Professor de Biogeografia Evaristo de Castro Júnior, que dispunha de um contato com o arboretum do viveiro da Floresta da Pedra Branca, em Jacaepaguá. Com o apoio do coordenador do Departamento de Geografia, Nelson Fernandes, do administrador do prédio, Zé Maria, e dos funcionários da garagem, especialmente Aparecida e Ricardo, conseguimos a doação de 56 mudas e o transporte das mesmas até o campus, assim como as ferramentas necessárias para o plantio. Dentre as espécies selecionadas, encontram-se Ipê-roxo, Ipê-amarelo, Guapuruvu, Jenipapo, Grumixama, Pau-Ferro, Pitangueira, Mangueira, Cajá-manga, Carobão, Araribá, Sabiá, Sombreiro, Jamelão e Aroeira.

A princípio o plantio seria realizado pelos calouros de Geografia, mas por fatores alheios à nossa vontade isso não aconteceu. Ao invés disso, ocorreu um mutirão envolvendo também alunos dos cursos de Geologia e Matemática, entusiasmados com o projeto, que não se intimidaram com a imensa quantidade de entulho encontrada no solo.

A realização da Geomata prova que iniciativas simples como essa podem interferir realmente no espaço universitário, tornando-o mais agradável e integrado. Fala-se muito mal do campus da Ilha do Fundão, mas pouco se faz para torná-lo um local mais aprazível. Além de embelezar o espaço atrás do prédio, a Geomata permitirá a alunos de todos os cursos acompanhar de perto a evolução de um bosque, recuperando para o convívio de todos uma área degradada.

Por se localizar atrás do prédio, em lugar pouco visível, a Geomata, como muitas outras áreas do campus, infelizmente ainda é muito usada como depósito de lixo. As árvores ainda não foram atingidas por esta agressão, mas isso não quer dizer que elas estejam a salvo, e nem que a Geomata será necessariamente um sucesso. Isso dependerá da participação de cada um, defendendo e zelando pelo espaço. Sabemos que muito do lixo encontrado no local tem origem no próprio prédio do CCMN, o que nos entristece muito. Esperamos que, diante dessa manifestação de carinho, as pessoas se sensibilizem e se interessem pela Geomata. Afinal, deveríamos ser os primeiros a dar o exemplo, certo?"


"Texto que escrevi com Gustavo Pacheco para o primeiro Geornal (jornalzinho dos alunos de graduação da Geografia/UFRJ) em junho de 1995. A projeção de slides mostra a Geomata em 2008. As fotos, de cima para baixo: os alunos plantando uma árvore, a galera reunida atrás do prédio nos primórdios, a área onde as primeiras mudas foram plantadas, o viveiro construído depois e a turma em ação. Dia 27 de maio é o dia da Geomata (e também da Mata Atlântica)!"


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Lafayette, Rogério. "Em cada canto um canteiro cultivado - Projeto ambiental desenvolvido na Escola Municipal João Brazil.", Acesso em 11 de Setembro de 2009, http://empfniteroi.blogspot.com/2009/05/geomata.html.

7 comentários:

  1. Rapaz,
    vamos fazer um croqui atualizado da geomata, ou quem sabe, uma planta com todas as espécies detalhadas e os espaços que pretendemos usar para plantar.

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  2. Coé Rogério!!! Aqui é o Zezão. Para quem não me conhece, estou em pé de camisa preta na foto clássica da galera pioneira.
    Irado ver a GeoMata se desenvolvendo continuamente, e que as novas gerações cuidam dela tão bem quanto nós já cuidamos. Fiquei sabendo da lista da GeoMata pelo Gustavo, irmão do Paulada. Agora tenho recebido notícias direto, mas por conta do trabalho não tenho mais tempo para ir no Fundão. Fiquei sabendo que agora você também é morador de Nikity. Tô morando em Itaipu. Vamos manter algum contato e combinar para reunirmos a galera novamente. As vezes encontro o Johny e o Flavio no Maraca. Meu e-mail é joao_jose_macedo@yahoo.com.br

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  3. Zezão,
    O Blog do Rogério é outro. Este é da Geomata e ele não administra. Procure pelo Blog dele aqui mesmo, ele é seguidor deste Blog. No menu lateral direito tem uma aba de "Seguidores", ele é um.

    Fico feliz de ver ex-duendes da Geomata visitando o Blog!

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  4. Que seja este um marco do renascimento da Geomata!

    Bernardo S.M.

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  5. Colé Zezão, que vos fala é Rômulo um dos precursores do geomata (sentado com a camisa branca no ombro atras de Luciana na reta de Renatinho), para todos os leitores e simpatizantes da geomata. Nós estava-mos procurando um espaço sem intervenção de terceiros para descontração e relachamento na hora do almoço no CCMN, e encontra-mos um espaço desabitado com algumas árvores, por volta de umas quatro. Resolvemos que o nosso espaço seria esse e começamos a modifica-lo, numa dessas tardes chegamos a uma conclusão (foto 2), plantar árvores para modificar a arides existente, então colocamos os colouros para plantar árvores num trote ecologicamente correto e em seguida era dada uma festa para os calouros e veteranos comfraternizarem-se. Isso só foi o ínicio da geomata

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  6. Bom dia, galera. Johnnie falando. Por acaso, estava conversando sobre a Geomata e descobri esse blog. Infelizmente, hj está fechada e, aparentemente, nada mais acontece. Felizmente, se tornou um belo bosque e meu (compartilhado com o Rogerio Lafayete) ipê-roxo está lá mais forte do que nunca... Saudações Geomatenses!

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