quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Geomata e seus girassóis.

Amigos e Amigas,

Hoje a postagem será em homenagem aos girassóis que nutrem, protegem e embelezam a Geomata.
Desde que cheguei na Geomata tenho três preocupações com o local.
Primeiramente, a infraestrutura para poder dar continuidade ao projeto, mas em pouco tempo percebi que tínhamos o apoio total de todos os trabalhadores da Manutenção do CCMN nos emprestando ferramentas e até conhecimento.
Em segundo era a questão da utilização do espaço... Geomata é um espaço aberto a todos, mas sua utilização estava, e ainda está, distorcida. Precisamos retomar os projetos antigos, como aulas de Yoga, e elaborar novos, como exposições artísticas.
Porém o mais complicados de todas as minhas preocupações é o apoio que a Geomata recebe. Precisamos tornar a Geomata um local produtivo, ou seja, fazer daquele espaço um local acessível aos alunos, professores e aos outros funcionários da Universidade, fazer da Geomata um espaço realmente utilizado por todos, desde plantio de horta e/ou área de aulas práticas à um local de descanso.
E a pergunta que não quer calar... O que os coitados dos girassóis tem com isso?
Uma das formas de tornar a Geomata um local mais agradável a todos, é torná-la mais agradável também aos olhos. Pode parecer algo superficial mas lembremos que a Geomata é a porta de entrada da Universidade, todos que ali passam, na Rua Milton Santos, olham para a Geomata... e é indiscutível que aos olhos não treinados um girassol apenas se destaca e embeleza o local (nossa futura horta também trará benefícios estéticos além dos benefícios óbvios). Claro que não para por aí... além de ser uma planta linda, ela tem funções de enriquecimento do solo, proteção contra erosão e reciclagem de nutrientes. Para ilustrar todos esses benefícios do girassol, coloquei logo abaixo um texto extraído do site "BiodiselBR.com" sobre o girassol e intercalado ao texto estão fotos de girassóis plantados na Geomata.
Não sei se fui claro, mas qualquer dúvida é só me perguntar e claro... comentem!!!
Abraços sinceros,
Renato "Tona".

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O Girassol é uma planta originária das Américas, que foi utilizada como alimento, pelos índios americanos, em mistura com outros vegetais.

No século XVI, o girassol foi levado para a Europa e Ásia, onde era utilizado como uma planta ornamental e como uma hortaliça.

A grande importância da cultura do girassol no mundo deve-se à excelente qualidade do óleo comestível que se extrai de sua semente.

É um cultivo econômico, rústico e que não requer maquinário especializado.

Tem um ciclo vegetativo curto e se adapta perfeitamente a condições de solo e clima pouco favoráveis.

Para seu cultivo correto são necessários os mesmos conhecimentos e maquinários utilizados na cultura de milho, sorgo ou soja.

No começo, durante quase 200 anos, foi cultivado somente como planta ornamental.

Só em princípios do século XVI começou sua utilização como planta oleaginosa, para a extração de azeite, e a verdadeiramente difusão da cultura do girassol na Europa.

O girassol por ter suas raízes do tipo pivotante, promovem uma considerável reciclagem de nutrientes, além da matéria orgânica deixada no solo pela sua morte; as hastes podem originar material para forração acústica e junto com as folhas podem ser ensiladas e promove uma adubação verde.

Das flores podem ser extraídos de 20 a 40 quilos de mel/hectare.

Elas originam as sementes, que podem ser consumidas pelo homem e pelos animais.

Também usado em adubação verde, devido a seu desenvolvimento inicial rápido, à eficiência da planta na reciclagem de nutrientes e por ser um agente protetor de solos contra a erosão e a infestação de invasoras.

Por isso é recomendado para rotação de culturas.



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BiodiselBR.com. "Girassol", Acesso em 5 de Novembro de 2009, disponível em http://www.biodieselbr.com/plantas/girassol/girassol.htm.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Conheça um pouco da Geomata

Amigos e amigas,

Desculpem pela demora mas aqui estou novamente. Devido feriados e provas eu estive um pouco afastado do Blog e até mesmo da Geomata. Mas o recesso acabou, ainda bem!

Como forma de recompensá-los irei nesta postagem fazer um pequeno tour pela parte mais ativa (do ponto de vista da interferência do projeto).

Abraços e beijos,
Renato "Tona".

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Chamamos de Mirante o local mais alto na Geomata e é lá que fazemos, normalmente, as reuniões e pique-niques devido sua área protegida do Sol e plana.
 Antes mesmo de descer do Mirante, temos nossa ilha mais nova, feita com muita crotalária e feijão guandu.


Essa ilha foi feita em formato retangular e em um local de declive, por essa razão foi feito um degrau, até deixar o terreno a ser utilizado na ilha, plano.
Era pra ter, também, milho mas algumas formiguinhas danadas levaram embora junto com metade das sementes de crotalária e guandu. Mesmo com essa atuação pesada das formigas alguns guandus e crotalárias brotaram, e brotaram muito bem.
Em seguida veremos, em ordem, fotos das crotalárias e dos feijões guandu que brotaram.



Esta ilha está representada no croqui como Ilha F.
Descendo pelo Mirante veremos logo a nossa esquerda uma Bananeira bem pequena. Esta bananeira estava com pouco mais de 30 centímetros no início do ano, mas com o aumento da pluviosidade nos últimos meses ela deu um salto enorme e acelerou seu crescimento...

Bem em frente teremos nossa Ilha D (sempre em referência ao croqui da postagem anterior) que tem como seu destaque os girassóis que estão prestes a aflorar. Apesar de serem destaque, os girassóis estão muito bem acompanhados de soja, feijão-de-porco, abóbora e tomate... uma beleza!

Lindo, não?
Ao lado da bananeira mencionada anteriormente, vemos a pimenta plantada pela Israella. Esta pimenteira se deu tão bem no solo da Geomata que em pouquíssimo tempo vemos as pequeninas pimentas aflorando.

Por trás de toda grande mulher existe um grande homem (é eu sei, mas assim também faz sentido!).
Perto dali o Yuri fez 2 ilhas... uma muito pequena, como forma de enriquecer o solo com o feijão e experimentando o plantio de cebola.

A outra ilha é um dos destaques da Geomata. Ela foi feita em um dos piores espaços para plantio da Geomata, pois era em um lugar com uma fina camada de solo e repleta de pedras... e mesmo assim vários feijões brotaram ali lindamente.

Essa ilha na verdade é a união de 3 ilhas feitas em tempos diferentes. Na foto da pra ver pela altura dos feijões. Os feijões mais antigos são os que estão mais ao fundo da fotografia. MARAVILHOSO!
Voltando ao nosso tour, em frente à pimenteira tem nossa Ilha A basicamente com feijão guandu e milho... linda...


Esses milhos deram muito trabalho pois cresceram milhos demais e eles começaram a competir, foi preciso retirar alguns milhos para que os remanescentes, hoje, pudessem dar as espigas.
Por último, irei mostrar a bananeira mais antiga da Geomata que nos proporcionou inúmeros cachos enormes e lindos. Ela fica em frente à Ilha A, beirando a grade dos limites da Geomata com a rua.


Para finalizar a postagem, irei colocar aqui uma clássica foto tirada do Mirante pois é o melhor ângulo panorâmico para fotografar. É lindo ver tanto verde onde só víamos areia e lixo.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Croqui da Geomata



É com muita felicidade que hoje eu divulgo o primeiro croqui/esboço da nova fase da Geomata.
Feito com muito esforço, mesmo incompleto, este croqui mostra a nova onda que se instalou na Geomata... organizar para integrar.
Um simples desenho, sem embasamento cartográfico, neste caso, significa o início de uma nova integração da Geomata com todos os alunos da geografia e agregados. Assim todos podem saber o que há neste espaço de experimentação e os resultados obtidos.

O objetivo é que até 2010 este croqui esteja parcialmente modificado, tenha a área da horta e esteja estendido a TODA área da Geomata.

Abraços sinceros,
Duende da Geomata.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Grupo de Estudos

Para facilitar a todos, este post será exclusivamente para divulgação do material do grupo de estudos.

Quem acompanha o Blog sabe que começamos um grupo de estudos desde a reunião da Geomata no dia 15 de setembro de 2009.
O objetivo do grupo é bem simples. Tentaremos dar início a uma nova visão de mundo através da agroecologia, não necessariamente para pessoas previamente engajadas mas sim para formar uma nova forma de pensar, para apresentar o "o que é?", o "para que serve?" e o "como é feito?".
De uma forma mais simplificada, nós queremos apresentar a agroecologia a todos os interessados com uma abordagem fácil e direta do assunto.

Os encontros serão mensais sem data ou dia da semana predeterminados, tentaremos administrar essa questão de acordo com os próprios interessados, afim de proporcionar a todos uma chance de debater sobre o assunto em questão. O encontro para debate deste texto apesar de não ter data está previsto para logo após o término da Jornada Científica da UFRJ.

Sem mais delongas, abaixo segue o primeiro texto para debate.

Abraços sinceros,
Renato.


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Nome: "Agroecologia: alguns conceitos e princípios."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ATA de Reunião

Data: 22/09/2009
Horário: 11:00h (aprox.)
Local: Mirante da Geomata
Tópicos: elaboração de croqui, área da horta, SAF e Mata Atlântica, idéias, oficina, bioconstrução.

1) Elaboração do croqui:
Iniciamos a reunião falando da necessidade de organizarmos as idéias em espaços pré-determinados como forma de atender ao interesse de todos sem prejudicá-los pela competição. Para que isso fosse possível começamos a elaborar o croqui da área principal da Geomata, espaço de frente para o corredor da pós-graduação da geografia.

2) Área da horta:
As exigências de uma horta são grandes e sua manutenção diária, por essas razões decidimos mudar o local da futura horta. O que antes seria ao lado da vala e do atual plantio de feijões será em frente ao prédio de Geologia em uma área ainda com poucas árvores que apesar do solo desnivelado será muito mais produtivo por ser uma área de céu aberto. Há uma expectativa de início do plantio para no máximo no final do período 2009/2.

3) SAF e Mata Atlântica:
Tendo o manejo como foco, concluímos que o SAF (Sistema Agro-Florestal) e o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica podem ser trabalhados de forma conjunta. Assim, atendemos aos interesses de um grupo focado na Mata Atlântica e outro que busca uma forma sustentável de plantio. "Lincando" à ATA da reunião anterior, fica no ar o que seria área de experimentação. Entendemos isto como TODO o espaço da Geomata, ou seja, todas as formas de utilização do solo são experimentações.

4) Idéias:
Foram colocadas idéias sobre divulgação da Geomata através de filmes voltados para essa área (SAF, agroecologia, Mata Atlântica, recuperação de área degradada) e de palestras. Tais idéias devem ser amadurecidas pois são ótimas mas exigem tempo e empenho além do espaço físico, Geomata.

5) Oficina:
Como forma de aperfeiçoar nossos conhecimentos e valorizar o aprendizado prático, tentaremos elaborar oficinas especialmente voltadas para a aplicação e manutenção de horta e de bioconstruções (bambu).

6) Bioconstrução:
Por uma necessidade de acomodar melhor os interessados, planejamos a construção de bancos e toldos com bambu.

PRESENTES:
Yuri, Israela, Cayo, Raíza, Renato, Bernardo, Alice, Eric, Alan, Glauco, Urubatan e Marcelo.



LEMBRETE: Próximo Mutirão
Data: 29/09/2009 (estamos abertos para mudança de data e horário da reunião, a fim de possibilitar o maior número de interessados)
Horário: 10:00h
Local: Mirante da Geomata
Objetivo: Capinar, iniciar a limpeza da área da horta e começar a tapar a vala.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ATA de Reunião

Data: 15/09/2009
Horário: 12:00h (aprox.)
Local: Geomata
Tópicos:
armário da Geomata, condições das futuras festas, organização do grupo, grupo de estudos mensal, organização do espaço, extra.

1) Armário da Geomata:
Falamos da necessidade de termos uma armário para guardarmos sementes, organizarmos papéis, livros e ferramentas.
Alguns são a favor de esperar o Centro Acadêmico se institucionalizar porque muitas coisas guardadas no armário do mesmo sumiram (como tintas, pincéis e plaquinhas que fizemos) e ninguém se responsabilizou. O armário seria também um processo de democratização do C.A. e integração da geografia. Somos uma coisa só... A falta de comunicação resulta numa desintegração dos alunos, dificulta nossas ações e construções.

2) Festas:
Seria legal o lucro das festas ser dividido entre o C.A e a Geomata. Assim poderíamos investir esse dinheiro em aquisições para o grupo.
Como sempre a questão do LIXO foi levantada: a organização da festa precisa se preocupar com o transtorno que o lixo causa para as atividades no espaço.
Uma possível organização de uma comissão organizadora como responsáveis pelos interesses da Geomata, ou seja, um grupo que iria dar as diretrizes e fiscalizar as organizações de festas.

3) Organização do grupo:
Uma pasta com textos, possíveis documentos e um livro de ata.
  • Renato vai deixar um caderninho com o seu evaldo para telefone e endereço.
  • Nathalia vai comprar pasta e livro de ata.
  • Raíza dá idéia de organizarmos oficinas de permacultura e agroecologia. Assim vamos refletindo mais sobre os assuntos e pondo em prática.
  • Alice fala da necessidade de estudarmos para construir um projeto futuro estruturado.
4) Grupo de estudos:
Inicialmente teríamos um encontro mensal com sugestão de textos pelos próprios interessados.

5) Organização do espaço:
  • Viveiro
  • Horta
  • SAF (Sistema Agro-Florestal)
  • Área de experimentação
  • Plantação de flora nativa de Mata Atlântica
Importante: antes de qualquer início de projeto faremos um croqui/esboço da área e suas utilizações.


6) Extra:
Como forma de refletir sobre todo o assunto, deixamos uma pergunta no ar para tentarmos responder no próximo encontro.
A GEOMATA VAI SER UM GRUPO DE AGROECOLOGIA OU UM ESPAÇO DESCOMPROMISSADO?


PRESENTES:
Yuri, Israela, Cayo, Raíza, Renato, Bernardo, Alice, Nathalia, Marcinha (Bio), Renan (Bio).





LEMBRETE: Próximo Mutirão
Data: 22/09/2009 (estamos abertos para mudança de data e horário da reunião, a fim de possibilitar o maior número de interessados)
Horário: 10:00h
Local: Mirante da Geomata
Objetivo: Capinar e elaborar um croqui/esboço

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aaaah, milhos!!!! Eeeeh, tomates?!?!

Amigos e Amigas,

A muito tempo atrás fizemos uma ilha, com ajuda e instruções do pessoal da Engenharia Ambiental, com 4 mudas (três de médio porte e curto prazo e outra de grande porte e crescimento lento) além do plantio de milho e girassol para enriquecer a ilha e ao mesmo tempo proteger as mudas. Posteriormente, creio que duas semanas depois, passei lá com Bernardo e Cayo pra tentar plantar feijões nessa ilha. Empolgados com o dia de trabalho, e sem noção do esforço que teríamos que fazer, fizemos uma outra ilha, a terceira da Geomata, ao lado da mencionada anteriormente.

Os resultados foram bem inesperados... na segunda ilha o milho, muito ligeiro, tomou conta do lugar, abafando todas as outras sementes plantadas. De fato ele protegeu, e ainda protege, as mudas, mas o girassol e o feijão foram engolidos.



Assim como na primeira, nenhum girassol conseguiu brotar na segunda, porém as mudas cresceram um pouco mais e as outras plantas complementares conseguiram brotar como o feijão.



O bacana foi que uma "febre" de tomates apareceu por lá... sem que alguém percebesse várias mudas de tomates surgiram por toda a área do mirante até o local das ilhas, inclusive dentro das ilhas, há um pé de tomate em cada uma. Após investigar, descobri que os tomates vieram junto com composto orgânico doado pela queridíssima Inês em sua cantina... fantástico, não?!



Enfim, na última segunda-feira por conselho do chefe da manutenção que entende bastante de plantio, eu cortei metade dos milhos da segunda ilha.


Ainda acho que precisa cortar mais, mas preferi cortar menos milhos do que exagerar... Gaia agradece. Os milhos não só ocuparam espaço demais como estavam competindo. Fica bastante evidente se olharmos os milhos da terceira ilha, plantados cerca de 2 semanas depois... eles estão muito mais altos e fortes.
Enfim, o resultado foi o seguinte:



Esses não foram nem os grandes feitos do dia... o plantio dos feijões. Para isso eu farei um tópico especial em homenagem aos feijões, pois eles além de se firmarem muito bem na Geomata estão fazendo milagres com aquele solo empobrecido.
Próximo "post" será sobre a reunião na última terça-feira, 15 de setembro de 2009, com a ATA e um resumo das conclusões.

Beijos e abraços,
Renato.

LEMBRETE - Mutirão
Data: 22/09/2009
Horário: 12:00h
Local: Geomata
Objetivo: Capinar e elaborar um croqui/esboço

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Geomata - Por Rogério Lafayette

O primeiro texto de nosso Blog foi escrito por Rogério Lafayette, ex-aluno da UFRJ e um dos pioneiros da Geomata. Ele conta de forma brilhante como e por que a Geomata surgiu, e em quais condições ela se encontrava.

Aqui ficam meus sinceros agradecimentos ao Rogério Lafayette por ter escrito o texto, ao Professor de Biogeografia Evaristo de Castro Júnior, e a todos os pioneiros da Geomata pois se não fosse por eles, hoje eu, um ex-calouro (iniciei minha graduação em Geografia em 2009/1), posso dar continuidade ao trabalho deles, nosso trabalho, e ver uma UFRJ... melhor.

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"Geomata é o nome com que foi batizado o espaço atrás do prédio do CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, UFRJ / Ilha do Fundão - onde foram plantadas diversas espécies de árvores no início deste semestre. Completando agora quatro meses de vida, a Geomata apesar disso é pouco conhecida pelos alunos e por isso buscamos através deste texto contar a história da sua criação.

A idéia surgiu a partir do incentivo do Professor de Biogeografia Evaristo de Castro Júnior, que dispunha de um contato com o arboretum do viveiro da Floresta da Pedra Branca, em Jacaepaguá. Com o apoio do coordenador do Departamento de Geografia, Nelson Fernandes, do administrador do prédio, Zé Maria, e dos funcionários da garagem, especialmente Aparecida e Ricardo, conseguimos a doação de 56 mudas e o transporte das mesmas até o campus, assim como as ferramentas necessárias para o plantio. Dentre as espécies selecionadas, encontram-se Ipê-roxo, Ipê-amarelo, Guapuruvu, Jenipapo, Grumixama, Pau-Ferro, Pitangueira, Mangueira, Cajá-manga, Carobão, Araribá, Sabiá, Sombreiro, Jamelão e Aroeira.

A princípio o plantio seria realizado pelos calouros de Geografia, mas por fatores alheios à nossa vontade isso não aconteceu. Ao invés disso, ocorreu um mutirão envolvendo também alunos dos cursos de Geologia e Matemática, entusiasmados com o projeto, que não se intimidaram com a imensa quantidade de entulho encontrada no solo.

A realização da Geomata prova que iniciativas simples como essa podem interferir realmente no espaço universitário, tornando-o mais agradável e integrado. Fala-se muito mal do campus da Ilha do Fundão, mas pouco se faz para torná-lo um local mais aprazível. Além de embelezar o espaço atrás do prédio, a Geomata permitirá a alunos de todos os cursos acompanhar de perto a evolução de um bosque, recuperando para o convívio de todos uma área degradada.

Por se localizar atrás do prédio, em lugar pouco visível, a Geomata, como muitas outras áreas do campus, infelizmente ainda é muito usada como depósito de lixo. As árvores ainda não foram atingidas por esta agressão, mas isso não quer dizer que elas estejam a salvo, e nem que a Geomata será necessariamente um sucesso. Isso dependerá da participação de cada um, defendendo e zelando pelo espaço. Sabemos que muito do lixo encontrado no local tem origem no próprio prédio do CCMN, o que nos entristece muito. Esperamos que, diante dessa manifestação de carinho, as pessoas se sensibilizem e se interessem pela Geomata. Afinal, deveríamos ser os primeiros a dar o exemplo, certo?"


"Texto que escrevi com Gustavo Pacheco para o primeiro Geornal (jornalzinho dos alunos de graduação da Geografia/UFRJ) em junho de 1995. A projeção de slides mostra a Geomata em 2008. As fotos, de cima para baixo: os alunos plantando uma árvore, a galera reunida atrás do prédio nos primórdios, a área onde as primeiras mudas foram plantadas, o viveiro construído depois e a turma em ação. Dia 27 de maio é o dia da Geomata (e também da Mata Atlântica)!"


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Lafayette, Rogério. "Em cada canto um canteiro cultivado - Projeto ambiental desenvolvido na Escola Municipal João Brazil.", Acesso em 11 de Setembro de 2009, http://empfniteroi.blogspot.com/2009/05/geomata.html.